Autora: Kimberly
Brubaker Bradley
Páginas: 240
Ano: 2017
Editora: Darkside
Literatura Estrangeira
Nota: 5/5⭐
Sinopse:
Ada
tem dez anos (ao menos é o que ela acha). A menina nunca saiu de casa, para não
envergonhar a mãe na frente dos outros. Da janela, vê o irmão brincar, correr,
pular – coisas que qualquer criança sabe fazer. Qualquer criança que não tenha
nascido com um “pé torto” como o seu. Trancada num apartamento, Ada cuida da
casa e do irmão sozinha, além de ter que escapar dos maus-tratos diários que
sofre da mãe. Ainda bem que há uma guerra se aproximando.
Os
possíveis bombardeios de Hitler são a oportunidade perfeita para Ada e o caçula
Jamie deixarem Londres e partirem para o interior, em busca de uma vida melhor.
Kimberly
Brubaker Bradley consegue ir muito além do que se convencionou chamar “história
de superação”. Seu livro é um registro emocional e historicamente preciso sobre
a Segunda Guerra Mundial. E de como os grandes conflitos armados afetam a vida
de milhões de inocentes, mesmo longe dos campos de batalha. No caso da pequena
Ada, a guerra começou dentro de casa.
Essa
é uma das belas surpresas do livro: mostrar a guerra pelos olhos de uma menina,
e não pelo ponto de vista de um soldado, que enfrenta a fome e a necessidade de
abandonar seu lar. Assim como a protagonista, milhares de crianças precisaram
deixar a família em Londres na esperança de escapar dos horrores dos
bombardeios.
Vencedor
do Newbery Honor Award, primeiro lugar na lista do New York Times e adotado em
diversas escolas nos Estados Unidos.
***
Um
livro sensível, que mostra algumas consequências da guerra pelos olhos de uma
criança.
Ada
tem uma deficiência no pé, e por causa disso não consegue ter uma vida normal
como a das outras crianças, além disso, ainda tem que aguentar a forma
desprezível como a mãe a trata, por pensar que a filha é um estorvo. Por isso sua
única companhia é Jamie, seu irmão mais novo, mas que por vezes prefere brincar
do lado de fora a ficar em casa com a irmã.
Então,
quando a guerra começa a se aproximar de Londres, as pessoas resolvem evacuar
as crianças da cidade e Ada vê a oportunidade perfeita para fugir dessa vida
com o irmão e ir em busca de algo melhor.
Que
mistura de sensações esse livro me causou. Meu coração ficava apertado a cada
dificuldade que Ada tinha que enfrentar. Me via triste quando ela assim estava,
me via revoltada a cada injustiça pela qual ela passava, e me pegava sorrindo
quando algo bom a ela acontecia.
Eu
já imaginava que a menina teria um vida difícil, mas não esperava que ela fosse
tão maltratada, principalmente por uma pessoa tão próxima. Ao ler algumas
passagens eu só queria ajudar a Ada e ansiava para que ela encontrasse um lugar
feliz para viver.
Nem
preciso dizer que favoritei esse livro. Agradeço a minha amiga Lili do instagram @oslivrosdalili por
ter me convidado para essa leitura coletiva, esse foi o empurrãozinho que
faltava para eu ler essa obra. Estou louca pela continuação.
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